terça-feira, 4 de setembro de 2012

Amor não é sentimento, é decisão!


O que é de fato ser cristão e como mostrar isso por meio de atitudes?

Existe algo bastante interessante acerca do amor. É que o amor não é um sentimento, mas sim, uma decisão. É preciso decidir amar. A decisão nasce no cérebro e depois passa para o coração. Quando o coração dispara ao ver alguém a quem amamos, é porque já houve, em algum momento, uma decisão tomada pela mente, mesmo que você não tenha percebido. Vamos ver o que Jesus tem a nos ensinar com relação a isso:

(...) Amem-se uns os outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.
João 13.34-35 (NVI)

Jesus aqui não está pedindo aos discípulos (seguidores) que se amem, ou amem uns aos outros, Ele está mandando que amem.  Ele diz: “Amem-se uns os outros”. É uma ordem clara, ou seja, se eu quiser ser um seguidor de Jesus e dizer por aí que sou cristão, antes de mais nada eu tenho que estar disposto a amar incondicionalmente, como Jesus fez.
Há um ditado popular que diz: “Quem não sabe fazer, não sabe mandar”. Isso significa que eu não posso mandar alguém fazer algo se eu mesmo não sei como fazer, porque vou ter que explicar a essa pessoa como fazer. Jesus manda que nos amemos uns aos outros, porém, ele sabe muito bem o que é amar, ele amou de fato. Ele diz: “Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros”. Ele deu o exemplo, mostrou como fazer, ele morreu por amor.
Agora a pergunta feita no início deste artigo pode ser respondida: “O que é de fato ser cristão e como mostrar isso por meio de atitudes?”. A resposta está na continuação do mesmo texto que estamos vendo: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. Isso quer dizer que, não adianta muitas palavras, muito falar, mas sim, tomar a decisão e amar de fato, ter atitudes de quem ama. É assim que todos verão que somos cristãos e não de outra forma.
Neste sentido, torna-se fácil tomar a decisão de amar a quem nos faz bem, a quem gostamos, é simples, é natural. Mas amar aquelas pessoas que não vão muito com a nossa cara ou vice-versa, que criticam, que ofendem, maltratam, aí é complicado! Mas é bom saber que por mais difícil que seja, temos um exemplo a seguir. E por ser um exemplo que deu certo, então temos a obrigação de pelo mesmo tentar seguir:

Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus.
Lucas 6.35 (NVI)

            Agora é necessário entender que Jesus está novamente mandando amar. Porém, a dificuldade aumentou.  Agora, eu tenho que amar os meus inimigos, o que torna tudo ainda mais difícil. Mas em seguida ao mandamento vem uma promessa, que é saber (ter consciência) de que há uma grande recompensa, que é ser de fato filho do Altíssimo, que por sua vez, é bondoso para com os ingratos e maus.
            Então, Deus que é perfeito, ele próprio é o amor (1João 4.8), ama até os ingratos e maus, − e infelizmente muitas vezes estamos incluídos entre esses, − então, por que eu que não sou perfeito, pelo menos não aqui na terra, não posso amar os meus inimigos? Na verdade isso parece muito, mas não podemos dizer que amamos a Deus sem que amemos de fato as pessoas, é contraditório, mesmo que sejam nossos inimigos.
            É preciso lembrar que o amor inclui várias coisas como: “façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta”. Ou seja, o amor é doação também, não dá pra dizer que amamos sem fazer nada pela pessoa. Amar é dar sem esperar outra coisa em troca. Em Mateus 5.44, esse mesmo texto está escrito com algumas mudanças. Lá Jesus diz: “AMEM os seus inimigos e OREM por aqueles que os perseguem”. Além de tudo ainda eu tenho que orar pelos que me perseguem, falam mal de mim, me julgam? Exatamente.
E mais uma vez Jesus mostra isso. Quando ele estava a poucos instantes da morte, ele ainda tem a preocupação de colocar o que havia dito em prática, ele orou por aqueles que o haviam feito mal. Ele diz: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. (Lucas 23.34). A consequência do egoísmo, vaidade, soberba e falta de amor por parte dos sacerdotes, governantes, soldados, o próprio povo é refletida em toda a dor, açoites, humilhação e por fim, a morte de Jesus.
Muitas vezes nosso egoísmo, vaidade, orgulho, desamor, faz com que outras pessoas sofram, sejam deixadas de lado, humilhadas, machucadas emocionalmente. Às vezes somos como todos aqueles que levaram Jesus até a morte. A falta de amor traz consequências trágicas, podemos matar os sonhos, a autoestima, a moral de alguém.
Como alguns dizem a Bíblia é mais atual do que o jornal de amanhã. O que foi dito há milhares de anos atrás, nos cabe direitinho hoje.

Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão.
Marcos 13.31 (NVI)
Image and video hosting by TinyPic

Um comentário:

  1. O seu texto é esclarecedor e amar muitas vezes é apenas uma palavra solta e vã, mas como vc disse não é uma questão de escolha e sim de obediência a ordem de Jesus: "Amai " (Imperativo) = cumpra-se!

    ResponderExcluir