terça-feira, 9 de agosto de 2011

O vazio do coração do homem


Numa postagem anterior, detive algumas linhas para falar um pouco sobre a insatisfação dos homens com relação à vida. Agora quero pensar um pouco mais sobre isso e de forma mais específica, vamos falar de vazio.
Existir é uma tarefa simples, viver não. Hoje de manhã quando vinha para o trabalho, estava com esta coisa na cabeça. Geralmente levantamos da cama cheios de reclamações, tarefas agendadas, preocupações, ansiedade pelo que ainda nem aconteceu, e quem sabe se realmente vai acontecer e da forma como imaginamos. Estamos constantemente preocupados porque vivemos num mundo imediatista e intolerante, há que se estar atualizado e ligado quase que 24h por dia para poder acompanhá-lo e não perder-se no meio do caminho.
Passamos horas à fio em frente ao computador em contato com o mundo, muitas vezes cheio de pessoas vazias que precisam de Internet para viver e encontrar um pouco de satisfação. Detemos-nos neste mundo vazio, sendo que às vezes nem dizemos “Bom dia” para pessoas reais que encontramos no dia. Não conseguimos enxergar a grandeza das pequenas coisas, passamos pela vida sem contemplá-la, apenas existimos, gostamos do vazio no qual estamos mergulhados até o pescoço.
Muitos artistas, compositores e poetas enfocam o vazio como principal “motivação” para suas canções e poemas melancólicos. Grandes homens da história morreram cedo demais, amargurados, insatisfeitos, bêbados, drogados e por quê? Por causa do vazio! Lemos seus lindos poemas e ouvimos suas lindas canções vazias até hoje e continuaremos lendo, porque foram feitos com vazio e solidão e deram certo. Então achamos que esta é a melhor forma de vida e continuaremos vivendo do vazio.  
Acostumamos-nos com o vazio de tal forma que este se torna nosso companheiro de jornada. E que companheiro chato! É horrível estar o tempo todo acompanhado pelo NADA. E quando queremos nos livrar dele, chegamos à conclusão de que ele não quer ir embora sozinho, então temos que preenchê-lo de forma que ele suma por completo, até deixar de existir dentro de nós. Mas como fazer isso?
Tentamos preencher nosso vazio de várias formas. Compramos roupas novas, sapato novo, cortamos o cabelo, depois o pintamos, compramos um carro novo (ou não), fazemos faculdade, jogamos na loteria (ou não), comemos uma caixa toda de BIS branco, outra de preto, compramos, jogamos, corremos, incansáveis vezes e repetimos tudo de novo e o vazio continua ali, intacto.
Há uma frase que diz: “O vazio do coração do homem é do tamanho de Deus” e isso é realmente verdade, para quem ousa acreditar, entregar-se e viver de verdade com Deus. Essa frase é a resposta para as vidas vazias, amarguradas, abatidas, desesperadas, pessimistas, insatisfeitas. A frase tem que ser verdade, o evangelho tem que ser verdade!
Como diz um amigo meu, a vida está em movimento, temos que movimentarmos também, mas este movimento tem que ser em direção a Deus e não a coisas! Fazer o movimento em direção a Deus é muito difícil, principalmente quando se está imerso no vazio, quando se está muito longe d'Ele. Não queremos fazer esforços, nem física, nem mentalmente. É muito melhor ficarmos parados esperando as coisas mudarem, mas isso não resolve nada.
Deus sempre teve o cuidado de manter seus filhos, porém os filhos geralmente não se lembram de agradecer e de cuidar da vida com o Pai, de manter a boa relação, de cuidar para não decepcioná-lo. Sempre digo que Deus está com sua grande mão estendida para abençoar e cuidar, porém, nós saímos debaixo da grande mão e buscamos outros caminhos que não têm nada a ver com a vontade de Deus e nos arrebentamos. Mas a grande mão continua ali, porque Ele é Fiel, não arreda pé. Não arrede o pé também, fique na dependência de verdade, deixe o grande Deus preencher seu grande vazio.

Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem regam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
Mateus 6.25-26
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